No dia 22 de setembro terá início a mais bela estação do ano, a primavera, caracterizada no Brasil pelo desabrochar das flores e pelo aquecimento da temperatura. Mas, o que realmente chama a nossa atenção são as flores, em suas milhares de espécies e dentre todas, escolhemos as orquídeas para falar. São delas que podemos tirar muitas lições para nossas vidas. Força, delicadeza, beleza, perfume, encantamento, bravura são alguns adjetivos que podemos lhes dar.
Quando você compra ou ganha uma orquídea a planta cheia de flores é maravilhosa, de suave perfume, porém a duração da floração é bastante variada. Pode chegar a 90 dias, outras entre um e três dias. Dentre toas as espécies, há aquela com flores de curta duração, porém produzidas em sucessão com floradas de, no máximo, cinco dias, mas que acontecem várias vezes ao ano.
Colecionadores
apostam em seu cultivo devido à beleza sem igual de suas flores. Seu trato é
simples e não requer cuidados especiais. A única exigência é plantá-la em
cachepôs de madeira ou outro recipiente vazado, porque as flores crescem pelo fundo do vaso. Dificilmente
marcamos o dia que ganhamos a flor e, depois que as flores morrem, simplesmente
a deixamos em um cachepô ou amarrada a uma árvore sem grandes cuidados. Quase
no abandono.
Ela fica ali
por tempos sem ser notada, elogiada, mimada, molhada com carinho, mas pouco
importa, porque suas raízes permanecem crescendo, buscando água, energia, sol, luz,
meios para se manter viva, mesmo que não tenha suas lindas flores a ganhar
elogios e atenção. E cresce de baixo para cima, de dentro para fora...
Penso
que muitas vezes somos “orquídeas” principalmente nós mulheres, que cuidamos de
todos afazeres de casa, trabalho, filhos, maridos, lutamos para que tudo saia
certo e dê certo, mas muitas vezes não somos percebidas ou não nos dão atenção.
Imagino como
se sentem as orquídeas que sabem que sua beleza não está completa, mas com
certeza isso não a impede de continuar sendo uma planta forte e enraizada
buscando manter-se saudável.
Quantas
pragas tentam tomar conta daqueles caules muitas vezes fracos e finos, quase
secos, ventos fortes, chuvas de granizo, sol escaldante e falta de água
intercalam seus dias em cada longo ano, mas bravamente ela não se deixa abater.
Discretamente, brotos firmes começam a surgir.
Nós, muitas
de nós, lutamos para manter nossa saúde, livre de “pragas”, por exemplo do
câncer, que tenta acabar com nosso perfume e beleza, nos arranca as folhas, nos
deixa carecas, secas ou inchadas e debilitadas e lá ficamos tentando reagir no
nosso silêncio, para manter o nosso “caule” em pé.
Às vezes nos
“arrancam” de um lugar, nos colocam em outras situações, com novos ares, novas
“temperaturas”, com novos desafios e nos adaptamos a todas as mudanças e
permanecemos firmes... Eu me inspiro na coragem, persistência e beleza das
orquídeas quando, em uma manhã qualquer, desabrocham seus botões nos dando
lição de vida, com suas perfeitas flores, nas suas maravilhosas cores, prontas para
vivenciar mais uma Primavera.
E é,
justamente a partir do valor da vitória, do processo de renascimento que se
confirma o amor pela vida, pelo próximo, pela caridade e pelo bem. A dor da
luta pode trazer cicatrizes que não se apagarão. Os galhos ficarão marcados,
algumas folhas e brotos se perderão nesse processo, mas a beleza final é o que
importa. Então, que nossas lutas nos
permitam desabrochar para o amor ao desconhecido, aos que ainda estão expostos
ao sol, sem água, sem alimento... Desabrochemos para o amor...
Fabiana e Lucilene – FASFIANAS que venceram a luta contra o câncer e descobriram que amar é a melhor cura.
Maravilhoso amiga...sim o amor e
ResponderExcluira perseverança tudo vence