Como ser tudo
isso? Nos dias de hoje, corremos contra o tempo devido aos inúmeros
compromissos e responsabilidades. Encontramos em cada situação um jeito novo de
resolver as coisas. Deixamos de ser mulher, para ser mãe, dividimos o tempo
para sermos filha, para trabalhar e no meu caso, ser policial, e ainda há tempo
para ser Fasfiana.
Tenho muito
orgulho daquilo que faço, agradeço por ter um trabalho e o faço com respeito e
acima de tudo pelo amor ao próximo.
Ser policial é ter
que ser forte, é perseverar, é ter garra, é ter fé, é ser solidária com o
outro, com os problemas do outro, com aquele que me procura e se me procura é porque
precisa de ajuda. Em que consiste essa
ajuda? A ajuda consiste, na maioria das vezes, em apenas OUVIR, em orientar as
pessoas a seguirem em frente mesmo diante de tanta violência porque passam, já
que não têm para onde ir. Assim, consigo dar um colorido à vida de quem sofre.
As pessoas nos procuram quando não aguentam mais a própria vida e como último
recurso destinam-se à Delegacia de Defesa da Mulher, onde vão com tanta fé e
esperança na certeza de que vão encontrar ajuda. Sabemos que, apesar da
vergonha, querem encontrar uma saída. Em cada olhar desconsolado, em cada
hematoma é a hora da ação. São fatos
reais e não apenas como em uma novela. Esses fatos que não podem ser ignorados,
são marcas profundas, cicatrizes... em muitos casos o fim.
Diante de tantas
reponsabilidades, nós mulheres, mães e profissionais nos deparamos com tais
situações que inicialmente nos amedrontam, nos magoam, nos atingem, mas também
nos proporcionam autoconhecimento, nos descobrimos como gente e concluímos que
ajudamos e precisamos de ajuda.
Sendo mãe, filha
e policial, descobri a solidariedade e ver o problema do outro e estender as
mãos com o coração. Assim, descobrimos uma força dentro de nós mesmos, que era
desconhecida. Isso também é ser Fasfiana, boa e corajosa, como queria Madre Cândida.
Não devemos desistir, pois a própria
Madre Cândida dizia às irmãs: “Não se assustem Filhas, seja o que Deus quiser”.
Esse testemunho
é de uma guerreira que poderia sim fazer o seu trabalho, se amargurar com tanta
injustiça e falta de amor, mas graças a sua fé e vontade de ser uma semente
nesse mundo escolheu se doar no trabalho e no voluntariado. Aprendemos que ser
voluntário não é apenas participar de uma fundação de solidariedade para
arrecadar fundos ou desenvolver atividades que colaborem e proporcionem a
inserção dos excluídos na sociedade, ser Fasfiana é fazer o bem todos os dias,
a qualquer um, em qualquer situação.
Lúcia
Esta FASFI é demais.Admiro, amo, , curto a boa vontade e doação de vocês.Que o Senhor continue abençoando-as(os) hoje e sempre. Por isso que fazem e muito mais é natal mais uma vez.Abraços.Luris
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